segunda-feira, 14 de março de 2011

Smoke gets in your eyes



Acho que esse é meu número favorito de todos os filmes que eles fizeram juntos. Verdade que amo quase todos os números desde o primeiro em Flying Down To Rio até o último em The Barkleys Of Broadway. Mas pessoalmente, Smoke Gets In Your Eyes do filme Roberta é um favorito e eu nem consigo explicar porque, talvez seja o vestido dela que eu adoro, a melodia perfeita que eu tanto amo, a coreografia linda e delicada... Juro que não sei ao certo, provevelmente uma combinação de tudo isso.
Fred Astaire e Ginger Rogers tinham tanta química que me da vontade de entrar na tela e casar os dois de uma vez. Fico triste sempre que vejo comentários do tipo "Mas eles se odiavam." Não. Eles não se odiavam. Eles discutiram sim por causa do bendito vestido de Top Hat, mas foi só isso, ou brigas do tipo. Depois do ocorrido ele deu um pingente pra ela em formato de pluma, o que achei absolutamente adorável e se eles se odiassem, 10 magníficos filmes não seriam produzidos, simplesmente não há a possibilidade de isso acontecer. Você pode fazer 1, 2 ou até 3 filmes com quem não gosta, mas 10 é demais.

Enfim, quais são os números favoritos de vocês?

sábado, 12 de março de 2011

Henry Higgins meets Scarlett O'Hara

Juntar Charles Laughton, Rex Harrison e Vivien Leigh só poderia ser um sonho lindo que acabou virando realidade no filme Sidewalks of London, 1938. (não sei se tem alguma tradução para o português, acredito que não).

O filme conta a história de artistas de rua em Londres na década de 30. Charles Staggers (Charles Laughton) é um deles, recita poemas nas ruas em troca de alguns centavos e em uma de suas noites de trabalho é assaltado bem na "cara de pau" por uma linda e astuta ladrazinha (Vivien Leigh) que sem muitos problemas consegue fugir dele. Ao entrar em uma lanchonete Liberty 'Libby'(Leigh) encontra um famoso dos teatros, Harley Prentiss vivido por Rex Harrison que se encanta com o espírito da moça que logo é encontrada por Charles e então trata logo de fugir, mas não sem antes roubar o porta-cigarros de Harley sem que ele perceba. Charles vai atrás dela, após ver o furto e juntos escapam da polícia e ele, tendo o coração maior que ele mesmo, a convida para passar a noite em sua casa já que ela não tinha pra onde ir.

Ao ver que a Libey possui um talento ele a convida para o seu grupo e ela se torna artista de rua junto com ele. Halrey ao ver a apresentação do grupo se impressiona e os convida para uma festa, porém a única a aparecer é Libby e sua carreira toma um rumo.


Ficha Técnica:
Dirigido por Tim Whelan
Roteiro de Bartlett Cormack, Clemence Dane, Charles Laughton , Erich Pommer e Tim Whelan
Produzido por Erich Pommer
Edição de Robert Hamer e Hugh Stewart
Direção de Arte de Thomas N. Morahan

Charles Laughton como Charles Staggers
Vivien Leigh como Liberty aka Libby
Rex Harrison como Harley Prentiss
Larry Adler como Constantine Dan
Tyrone Guthrie como Gentry

Lançado nos Estados Unidos apenas depois do estouro de Gone With The Wind e em edições limitadas o filme hoje caiu no esquicemento o que é uma pena pois é muito charmoso, bem editado, carinhosamente dirigido e muito bem interpretado.

Just a minute! Look here, mister, who does this lovely world belong to, eh? To the people who live on it, you say? Well, I'm one of them. And I've got just the same taste as all the rest. You should be surprised. I get hungry. I get thirsty. I get cold. I enjoy smoke and a permanent wave, and whatever I can get in the way of extras. And why shouldn't I have them? - Libby

Assista no Youtube: Parte 1


sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma Rua Chamada Pecado (1951)

Acho que sou meio suspeita para falar de qualquer filme da Vivien Leigh pois na minha cabeça "she can do no wrong" , mas a interpretação dela em "Uma Rua Chamada Pecado", (A Streetcar Named Desire, 1951) me impressionou e só fez minha admiração pela atriz e pessoa aumentar.


Começamos em uma estação de onde surge uma um pouco desnorteada e também um pouco assustada, Blanche DuBois (Vivien Leigh). Após pegar o bonde chamado "Desire" ela chega a casa de sua irmã Stella (Kim Hunter), só para descobrir que a mesma está no boliche com o marido Stanley (Marlon Brando).
É o confronto entre as personalidades de Blanche e Stanley, e com isso as interpretações de Leigh e Brando, que carrega o filme. De um lado, o realismo, indelicadeza, machismo e brutalidade de Stanley e do outro a fragilidade tanto mental quanto física de Blanche.
Após fugir de uma realidade cruel, Blanche deseja paz e compreensão, o que não consegue com Stanley por perto fazendo acusações e dizendo coisas que vão pouco a pouco levando-a à loucura.

I don't want realism. I want magic! Yes, yes, magic. I try to give that to people. I do misrepresent things. I don't tell truths. I tell what ought to be truth. - Blache DuBois

O que realmente me impressiona nisso tudo é o bom trabalho de toda a equipe. O escritor da peça original, Tennessee Williams, é um dos meus favoritos e Oscar Saul, que adaptou para o roteiro fez um ótimo trabalho. Elia Kazan como diretor foi extremamente eficiente e pensou em todos os detalhes, até o clima meio claustrofóbico dos cenários é perfeito. As interpretações são de tirar o fôlego. O jeito bruto e odioso de Stanley, perfeitamente colocado em evidência pelo então novo nas telas, Marlon Brando. É possivel entender suas atitudes apesar de não apreciá-las ou apoiá-las. A atormentada Blanche de Vivien Leigh, que já tinha interpretado a mesma personagem nos palcos, só te faz querer entrar na tela e ajudá-la, ainda mais aqueles que conhecem bem a história da atriz. Seus gestos são calculados, mas naturais. Um olhar e você consegue ver o que se passa em sua alma, todo o medo e incerteza da realidade. Kim Hunter fez de Stella uma personagem amável, que só quer o bem da sua irmã e o amor do marido e no final se mostrou uma personagem muito forte e mereceu meus aplausos. Karl Malden, o perfeito e adorável Mitch, preocupado com a mãe, disposto a casar com Blanche e quando descobre de seu passado, ajuda sem querer a jogá-la nas profundezas da insanidade.


Em geral, é um filme poderoso, bem feito e que faz valer todos os minutos assistidos.

Ficha Técnica:
Direção por Elia Kazan
Peça Original por Tennessee Williams
Adaptação por Oscar Saul
Screenplay por Tennessee Williams
Produzido por Charles K. Feldman
Editado por David Weisbart
Duração: 122 min.

Vivien Leigh como Blanche DuBois
Marlon Brando como Stanley Kowalski
Kim Hunter como Stella Kowalski
Karl Malden como Harold 'Mitch' Mitchell
Rudy Bond como Steve
Nick Dennis como Pablo Gonzales
Peg Hillias como Eunice

Awards

4 Oscars incluindo o de Melhor Atriz (Vivien Leigh), Melhor Ator Coadjuvante (Karl Malden), Melhor Atriz Coadjuvante (Kim Hunter) e Melhor Direção de Arte-Decoração de Set, Preto e Branco (Richard Day e George James Hopkins);
E aqui a lista com as outras indicações e vitórias.

Apresentações e algo mais...

Acabei de criar esse blog porque eu queria um lugar para expressar meu amor por essa arte bela que é o cinema. Não me considero uma crítica nem nada do tipo, pois sei que sou muito nova ainda e tenho várias coisas para ver, mas isso não diminui meu amor pelos filmes e seus atores, diretores e equipe em geral.
Acho que deveria começar com uma introdução, não é? Pois vou fazer esse questionário que peguei do blog Burburinho de Outrora, que descobri recentemente e estou amando.

Nome: Ingryd Rios Oliveira
O seu blog foi criado em: Maio de 2010.
O primeiro filme que lembra ter visto: “Cinderella”
Um filme inesquecível: “E o Vento levou” (Gone With The Wind, 1939).
Um filme nacional: “O auto da Compadecida”, de Guel Arraes.
Um diretor: George Cukor.
Um ator estrangeiro: Colin Firth.
Uma atriz estrangeira: Nicole Kidman.
Um ator nacional: Paulo Goulart
Uma atriz nacional: Fernanda Montenegro.
Um(a) comediante: Bob Hope.
Um(a) dançarino: Fred Astaire.
Um(a) cantor(a) de cinema: Judy Garland.
Uma dupla romântica: Ginger Rogers e Fred Astaire em... bem, qualquer um dos 10 filmes que eles fizera juntos.
Um(a) coadjuvante: Hattie McDaniel.
Um(a) ator/atriz infantil: Justin Henry em "Kramer vs Kramer" (1971).
Um ator belo: Cary Grant.
Uma atriz bela: Greta Garbo.
Um compositor de cinema: Henry Mancini.
Um fotógrafo de cinema: Meu conhecimento não é suficiente para eleger um nome. (compartilho do mesmo sentimento)
Um livro sobre cinema: "Lembranças de Hollywood", de Dulce Damasceno de Brito.
Uma revista impressa de cinema: ...
Um(a) vilão(ã): Hannibal Lecter, de "O Silêncio dos Inocentes" (The Silence of the Lambs, 1991)
Um mocinho: Clark Gable em "Aconteceu Naquela Noite", (It Happened One Night, 1934)
Uma mocinha: Vivien Leigh em "Waterloo Bridge", 1940
Um gênero cinematográfico: Drama.
Um Seriado: A Feiticeira.
Uma adaptação literária para o cinema: "As Horas", do Michael Cunningham e claro, "E o Vento Levou", de Margaret Mitchell
Uma frase de cinema: "Straight? What's 'straight'? A line can be straight, or a street. But the heart of a human being? " - Vivien Leigh em "Uma Rua Chamada Pecado", (A Streetcar Named Desire, 1951)
Uma premiação: Oscar.
Chorou assistindo: Eu choro facilmente com filmes, seja um com final triste ou com um final feliz, mas o último que me fez chorar e esquecer o que era a vida após assistí-lo foi "O menino do pijama listrado", (The Boy In The Striped Pyjamas, 2008)
O mais recente filme que viu e gostou: "O Discurso do Rei" e um não recente, mas que só vi agora "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?"